Monday, November 23, 2009

Aniversário!




Se fosse te perguntar,o que que a Escócia tem? e você fosse no wikipedia pesquisar, creio que essa deveria ser a resposta da enciclopédia amiga:


- william wallace

- whisky

- carneiros e ovelhas pastando em pastos verdejantes

- contraste de precipícios com o mar

- castelos

- highlanders

- ruivos banguelos e sardentos


Mas o surpreendente é sempre bem-vindo. Por isso, na minha Escócia eu encontrei quase tudo aquilo e mais:

- Bons amigos, Octavio & Fran, Helder e Ana;

- Chuva sem fim;

- Frio sem fim;

- Vento sem fim;

- Paisagens lindas;

- Um excelente fim de semana de aniversário.




Friday, November 06, 2009

Glória a Deus

Quando entrei na universidade, lembra muito bem que no segundo dia de aula, durante a apresentação de um programa de intercâmbio que a UFPR tinha com a Universidade de San Diego, eu pedi a Deus:
"Quero aprender a falar inglês antes de eu sair da Universidade".

Três anos depois estava de malas prontas para minha grande experiência de vida... Londres. Lá cheguei, sem lenço nem documento, só com o verbo "to be" e o "what´s your name?". E de lá saí entendendo escoceses e iralndeses.

No meu último dia de Londres eu pedi a Deus:

"Quero voltar para cá... em outra situação... Deus quero voltar num período entre 3 e 5 anos."

Nesse momento, ouvindo a batididinha pop de Live your Life, eu estou finalizando os últimos preparativos para minha volta ao velho mundo. Amanhã embarco em mais uma aventura, Frankfurt, e pronta para passar uma semana de descanso turístico e consumista em Londres... Quase 4 anos se passarão, e se Deus quiser, estarei voltando, não mais pedalando um rickshaw, agora tirando fotos com eles.

Esse post é só para lembrar a mim e a quem quiser ler esse texto quão grande e maravilhoso é Deus. Mas um adjetivo talvez mais ainda tocante no nosso dia a dia... Deus é atencioso, e Ele é um cara que gosta de agrado e de agradar!

Meu agrado a ti Deus é te dar todos os louvores pelo cuidado que o Senhor tem feito na minha vida. E obrigado pelo seu cuidado e seus presentes!

Vou arrumar a mala... Frankfurt, frio, Alemanha... Europa! Mais um sonho da listinha...

Tuesday, November 03, 2009

Oportunidades perdidas e a BO-LA

Que jargão mais xoxo! “O mundo é uma bola”... Ou então: “O mundo dá voltas”...
Mas os clássicos não são clássicos por acaso, e provérbios não são mentiras, mas sim metáforas que entoam um ritmo divertido e irônico as casualidades da vida.
Se o mundo é mesmo uma bola estou no lugar certo.

Bola, palavra estranha, o pronunciado na linguagem canarinho é quase que ridículo, principalmente se articulada bem a boca e a língua: BO-LA. Não é? Poderia abrir uma janela do meu texto e falar das palavras toscas do nosso vocabulário falado articuladamente, mas não irei. Vou falar de uma só, a BOLA.

Possivelmente ela foi meu primeiro presente, ou então, meu primeiro grande divertido presente. Meu primeiro presente deve ter sido uma caixa de LEGO. Acho que nunca consegui completar a construção sugerida na caixa, ou porque comia as peças, ou porque dava pro cachorro comer... Acho que meus irmãos comiam peças também, vou um dia perguntar. Lembro que existiam as mais variadas caixas tema do LEGO: Navio pirata, nave espacial, casa de campo, etc. Mas nunca vi aquela com o tema “campo de futebol”, “Maracanã”... Imagina se tivesse! Ainda bem que não tinha, porque se tivesse eu ia passar o dia inteiro montando, desmontando e tremontando. Como não tinha, meu interesse pelo brinquedo de construção e criatividade logo se ia, e então eu ia para o meu Maracanã. Geralmente era o quintal da casa, que tinha uma mangueira (arvore de mangas) gigante bem no meio, melhor zagueiro que aquela árvore era somente meu truculento irmão mais velho, truculento não é pejorativo aqui. Lá, no grande estádio, com o grande zagueiro, me divertia com a BO-LA. Não importava se era de plástico ou capotão, o importante era que eu podia chutá-la.

Os tempos passaram, logo comecei a me interessar por outros esportes: tênis, sinuca, vôlei, squash e por último e mais recente, golfe. Coincidência ou não, todos jogados e praticados com uma bola.

Jogando a bola, ela se movimenta e ela se movimentando, dá voltas. Outro detalhe, todos esses esportes tem um ponto de partida que se repete, ou seja, a bola volta ao mesmo lugar.

Assim sendo, se o mundo é redondo, os sábios proverbiais dizem que ele é uma bola; e se ele é uma bola, consequentemente dá voltas. E se você está no mundo, a volta pode te trazer a um lugar inicial, a um repetido ponto de partida. E, nesse caso, é que os dois ditados se encontram, tornam-se verdade e você percebe que está no Maracanã da vida, pois de espectador ou jogador, a vida pode trazer um recomeço.
Agora, antes que acabemos com um final feliz e uma conclusão que não traz nada de novo para a vida de ninguém (não esperem ter isso no fim do texto também), somente um bláblá sobre jargões do dia a dia, antes que tudo isso ocorra temos um outro jargão: “Existem 3 coisas que não voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida”.

Poutz, complicado, não? Na guerra dos provérbios, quem ganha, a facção da bola ou da perdição? Eis que a vida traz espaço para brincadeiras, e nessa em específico diria que os dois estão certos. A palavra dita é fato, foi-se. A flecha? Não sei, nunca atirei de arco e flecha, mas vendo os filmes do Robin Wood, acho que dificilmente alguém reciclaria uma flecha. E a oportunidade perdida? Essa também é única e não volta. Mas a dinâmica da vida que está no mundo que é uma bola, dá voltas. Que bom então, pois acho que estou no lugar certo.

Mas, se na volta você estava ausente, não atento, não posicionado para ver a bola voltando? Se a volta te pegou desprevenido e despreparado? E se você simplesmente decidiu não jogar agora e voltar as construções de seu Lego? Então, você pode ter vivido ou visto a oportunidade perdida.

Mas não se preocupe, uma hora ou outra, o mundo dá voltas.

Mexico, sem inspiração

México... Não sei de onde vem esse nome, ou qual o significado. Na verdade, nem o wikipedia sabe. Começamos bem!

Minha estada nesse páis, que possue a 11.a maior população do mundo, com quase 115 milhões de habitantes, e cuja língua falada é o espanhol, e os políticos são comprados por pesos, assim como os tacos nas esquinas.
Tacos nas esquinas, são tão comuns quanto políticos corruptos. Se um dia você pensou que Curitiba tinha muito carrinho de "hot dog" nas ruas, você se impressionará com o volume de barraquinhas de tacos nas ruas da Cidade do México, ou DF. DF é a segunda maior cidade do mundo, o curioso é que e uma cidade muito baixa, quase sem nenhum prédio, isso porque é uma região de muitos terremotos. O maior deles ocorreu em 1985, onde mais de 35 mil pessoas morreram, outras 30 mil feridas e mais de 100 mil desalojadas. Os jovens que sobreviveram a tragédia, e nasceram logo depois até início de 1986 são chamadas de "Geração do Terremoto", pois muitas delas perderam pais e foram criadas orfãs.

O povo não é dos mais belos. Nada de mistura racial como ocorre no sul do Brasil, ou até mesmo na Colombia. O aspecto lembra muito os Aztecas, nunca conheci um Azteca ao vivo, mas pelas descrições que leio e vejo, é fácil fácil matar a charada.

Confesso que tinha uma expectativa muito alta pela comida. Confesso também que nas 5 primeiras semanas me decepcionei. Basicamente por não diferenciarem muito a culinaria, sempre usando porco, feijão refrito, guacamole e as tortilas de milho. Os temperos não são atendidos, deixando a pitada de sabor somente para o molho de pimenta torrante e lacrimejante. Na minha última semana salvaram a pátria. Benjamin, meu colega de trabalho, convidou para um almoço em sua casa. Sua esposa, uma cozinheira para ser citada em livros e blogs fez o que eu chamaria de "Banquete de Toluca". Toluca é a cidade metropolitana onde eles moram. Não posso descrever o que foi, pois teria que citar mais de 10 pratos servidos, um refinando e abençoado exagero!

O povo mexicano, apesar de ser feio, é muito agradável. Simpáticos e receptivos, são fãs dos brasileiros que por ali passaram, principalmente um grupo que passou por lá em 1970, comandados por um tal de Pelé.

Diria que é um povo que quer reforçar suas origens, Aztecas, mas que adotou a cultura de um povo que na história só criticam, os espanhóis, mas que perseguem um modo de vida impróprio, o estilo de vida do Tio Sam. Assim sendo, creio que vi um povo sem uma personalidade... Não vi cariocas, bahianos ou gaúchos mexicanos.

Dentro das 6 semanas, o tempo com meu grande amigo Daniel Ferre e com Rossana Zamudio foram o tempero das minhas tortilas. Creio que os melhores dias, os mais divertidos e o que mais me relembravam o sentido da palavra "família".

Findada as 6 semanas, voltei para o Brasil, para passar um bom tempo com minha família!

Saludos

Tuesday, July 07, 2009

comentário breve...

em dias de hamburguer só digo uma coisa:

Cadê minha picanha????

Xing America

Atualizando mais uma vez a saga de viajeiro... Dessa vez o capítulo é Estados Unidos da América.

A chegada nos Estados Unidos foi no aeroporto JFK, na saída, um magrão tinha uma plaquinha com meu nome, sempre quando isso acontece me emociono, pareço criança, e fico ali acenando meio para dizer "sou eu... ei magrão... uhu não vou precisar pegar onibus, vc vai me levar pro hotel... uhuu!". O magrão tinha uma limusine... Não limousine...

Passei uma semana a trabalho em NY, entre White Plains (lugar do hotel), Purchase (sede da Pepsi) e Manhattan (festa, fotos). O tempo estava agradabilissimo, em pleno verão moderado de 2009. O treinamento foi muito bacana, pude encontrar pessoas de uns 30 países diferentes, e participar de uns workshops maneiros. O máximo foi a pergunta ao gerente de marketing esportivo: "Por que a Pepsi não patrocina a Copa do Mundo ou os Jogos olímpicos?".

Em NY encontrei Bryan... o encontro foi mais ou menos no momento de anuncio da morte de Michael Jackson, bem no meio da Times Square. De lá seguimos para o aconchagante apartamento e nos divertimos com uma (3) Budweisers e pizza.

Trabalhar em NY foi uma concretização de um sonho. Nunca esperei ou imaginei que isso fosse acontecer, não mudou nada em minha vida, não sou melhor nem pior, mas estive lá carimbando o passaporte.

De Manhattan NY rumei para Manhattan KS, ou seja, cidade do Dani e da Elisa. Algumas coisas bacanas por lá: i) ir de penetra num casamento americano e ver que as festas brasileiras são muito mais animadas; ii) Golf... Joguei algumas boas partidas com meu irmão pagando US$ 8, incluindo o aluguel dos tacos; iii) Harrys, restaurante famoso da cidade e do Midwest americano; iv) Pesca num riozinho na região... não peguei nada.

Da Little Apple fui para Colorado curtir o feriado de 4 de Julho. Foi eu e meu irmão, a Elisa tinha que trabalhar em Mineapollis. Colorado tinha alguns objetivos, dentre eles: rafting, camping e trekking, além de conhecer e ver o que são as famosas montanhas rochosas. Bom, quem já foi para lá não preciso muito comentar, mas quem não foi, que coloque nos planos de vida. O verão com uma temperatura extraordinária é propício pra fazer atividades outdoor, ou seja, objetivos cumpridos:
- Rafting: quase 6 horas descendo o Arkansas River em pleno 4 de julho... Experiência inesquecível e com um certo grau de emoção... só emoção, medo jamais!!!
- Camping: Nosso refúgio foi uma barraca de U$ 15 comprada no Wal Mart... Deu pro gasto;
- Fotos: Quebrei a máquina escalando uma montanha... detalhe, a máquina não era minha e sim do meu irmão... =/
- Trekking: A região que fomos no Colorado, Buena Vista, é propícia para fazer trilhas e encarar montanhas acima. Sempre no final da trilha tinha o cansaço, porém brindadas com paisagens das mais lindas que vi em minha vida.
- Ursos: Não vi nenhum... Se bem que foi bom, imagina se aparece um Zé Colméia faminto numa dessas trilhas...

Saindo do Colorado o destino foi Kansas City e então...

Miami.

Miami: acabo de chegar, estou com calor e com dúvidas de qual praia vou conhecer primeiro!

P.S.: Xing = Crossing

Sunday, June 14, 2009

Extraído do Blog do Torero...

"Senhores eu não vi Pelé, o Rei do futebol, fazer mil gols, mas eu vi Romário, o Rei da pequena área, fazer mil gols.
Senhores eu não vi a folha seca de Didi. Mas vi Ronaldinho encobrir Seaman.
Senhores eu não vi Diego Maradona driblar cinco e fazer o gol e também não vi o gol de mão, mas eu vi Lionel Messi fazer isso.
Senhores eu não vi o carrasco do Brasil, Paolo Rossi, mas vi o gênio Zinedine Zidane acabar com nossa seleção duas vezes.
Senhores eu não vi a seleção de 70, mas eu vi a conquista do penta com a melhor campanha brasileira em uma Copa.
Senhores eu não vi o profissional e motivador Oswaldo Brandão, mas vi o estrategista Vanderlei Luxemburgo.
Senhores eu não vi Garrincha ludibriar adversários sem tocar a bola, mas eu vi quatro turcos correrem atrás de Denílson.
Senhores eu não vi O craque Zico perder pênalti em Copa, mas eu vi A craque Marta perder.
Senhores eu não vi Rivellino criar o elástico, mas eu vi Kerlon criar o drible da foca.
Senhores e vocês ainda vêm me dizer que o futebol está perdendo sua magia?"

Monday, June 01, 2009

Uruguai e suas decepções




Quando cheguei por essas terras fiquei deslumbrado. Cidadezinha simpática, antiga colonia de Portugal, fundada por um tal Dom Manuel Lobo, ex-governador do Rio de Janeiro, em 1680. Imaginei que seria uma espécie de Rio de Janeiro uruguaio, pessoas alegres e festivas, mulatas nas ruas e feijoadas com cervejas nas calçadas... Doce ilusão. O que encontro aqui é pessoas fechadas e frias como os porteños de BuAs, ruas sem mulatas nem nenhuma outra pessoa, ou seja, desertas e mate, ou chimarrão, nas calçadas...

Minha ilusão veio associada a presente antipatia que tenho carregado desse país chamado Uruguai:

Populção: 3 milhões de habitantes

Capital: Montevideo, que tem 1,5 Milhão de habitantes;

Colonia tem 20 mil.

Economia: bancos, uma vez que os bancos aqui são paraisos fiscais, ou seja, "escondem" o lastro financeiro e a origem dos fundos e investimentos; industria frigorifica.

Decepções: Perdemos para o Uruguai a copa de 50; A carne aqui, reconhecida como a melhor, é dura e sem sal... Tal qual o café colombiano me decepcionou, a carne aqui, que é assada lentamente, acabando com qualquer tipo de suculência, é sem dúvida, uma propaganda enganosa. O cordeiro, ainda estou a caça de algum de bom sabor e que tenha piedade dos meus dentes... Os uruguaios não tem muito o que fazer, o país é um pouco pressionado por Brasil e Argentina, então, aprimoraram a grande arte da fofoca... Por isso dizem-se que são um povo Chismosos!
Pontos altos: Vinho Tannat, muito bom, os que encontrei no Brasil desmerecem a qualidade do vinho Tannat encontrado por aqui.

Ápice: Por do sol em Colonia, a beira do Rio da Prata, sem dúvida nenhuma, o por do sol mais bonito que eu já vi na minha vida!

No mais, em meio a esse post reclamão, depois de muito tempo sem escrever, por aqui não inventei muita coisa, os esportes radicais colombianos se tranformaram em aulas de Golf. Isso mesmo, comecei umas aulinhas aqui, e mais uma decepção, pensava que golf era muito fácil, mas não... me enganaram mais uma vez, e eu sou uma piada tentando acertar a bolinha!

Saturday, May 02, 2009

O sabor da vida

Esse post foi totalmente inspirado por pessoas e sensações. O estopim da inspiração foi minha grande amiga Dayse, que fez uma linda homenagem a mim, a qual, quase, quase me fez derramar uma lágrima nesse teclado... Se eu não fosse tão duro de coração, teria danificado a letra "H" e a "S" com água dos olhos.

Ando viajando muito, diria que me tornei um viajante, descobridor, não do mundo, mas de algumas partes dele. A cada término de viagem regresso para casa... O melhor de viajar é experimentar o sabor da vida em cada uma dessas viagens. Mas o que mais poderia resumir como o sabor da vida são os sabores que encontro em minha casa, em Curitiba...

No regresso para casa sinto o sabor da saudade. O engraçado é que a saudade aparece quando estou presente e não ausente, o sabor da saudade, o sabor de curitiba pode ser descrito, ou tentar ser descrito... Na minha limitada capacidade de expressão diria que o sabor de casa, o sabor de Curitiba é:

o sabor de dormir na minha cama, no meu quarto;
acordar na minha casa e ter o café da cafeteria Karkle;
comer mussarela derretida no pão com presunto, não existe hotel no mundo com um café da manhã melhor que esse;
ver os amigos;
poder ligar para os amigos para marcar algum encontro, ficar na expectativa que eles atendam e se eles não atenderem mandar uma msg, um scrapt...
sentir o sabor da expectativa que eles te liguem;
O sabor de Curitiba é o mercado municipal e suas lojas de frutas, verduras e as mais deliciosas, de vinhos;
O sabor de Curitiba é encontrar amigos, Joãos ou Vivis, segunda-feira no Santa Marta, terça-feira num churrasco em Campo Largo comendo picanha no Shoyu, quarta ver o meu time do coração no estádio, com amigos atleticanos ou nem tão atleticanos assim, quinta ir na locadora de filmes e passar algumas horas, frias, vendo um filme e comendo um chocolate, bebendo um vinho do mercado municipal, sexta jogar um poquer, visitar algum amigo que quer compartilhar alguma conquista, a compra de um sofá, da decoração da nova casa, ou de uma casa por exemplo; sábado... sábado é o dia mais Curitibano, faça sol, ou esteja cinza, ver a praca da Espanha, almoçar uma feijoada no Arrumadinho, prefiro do Hora extra, dormir a tarde com dor de barriga de feijoada, e sair para algum lugar que somente será decidido as 19 ou 20h. Domingo é dia de almoço na casa do seu Zefredo, comendo uma maionese da Dona Alídia, ver o jogo do meu time mais uma vez;
é almoçar em alguma costelaria ou jantar (poucos amigos são parceiros das jantas);
é tomar um café em alguma das tardes com algum amigo Lucas, Flávias, Fernandas, Elisas, Danis, Days, Helens, Carols;
é jogar tenis no agua verde com Freds, Biéis;
futebol no stark ou no América com outros 13;
jogar conversa pro ar junto com fumaças na charutaria tesouros de Cuba com irmão fiel e xará Rafael;
as vezes sair na Batel, as vezes comer no cantina do Délio;
acender uma lareira, com quem quiser, Rodrigos, Tacis, Lillys;
olhar a lareira e passar tempo em frente a lareira, pode ser sozinho ou em comunhão com Deus;
é passear no morro, se eu não passo no morro, eu quase morro, eu quase morro...
o sabor de Curitiba é ver o vira-lata Max;
é ser recebido no aeroporto pelos amigos, Brunos, Dudus, Tuttos, Zes;
é abrir o site altos agitos, mesmo que eu não esteja muito afim de altos agitos;
o sabor de curitiba é ter uma casa, ficar em casa, curtir minha casa;
o sabor de curitiba é ver a família, receber um abraço da mãe, um aperto de mão do pai;
é orar com os amigos e irmãos, cumplices na fé e companheiros de batalha;
o sabor de Curitiba é poder ir pra Morretes, Graciosa, Guarapuava, ou mesmo alargar os passos dali ir pra Floripa, Urubici, São Paulo;
o sabor de Curitiba é ver a maior passarela do mundo, de shopping que passa em cima de uma rua;
é ver o maior museu em forma de olho no mundo;
o sabor de curitiba são as memorias e as pessoas do Joao Antonio Prosdocimo, da Universidade Federal do Paraná, da PwC e aqueles que vieram de lugares "genéricos" e que por sorte e benção de Deus eu encontrei nesse meu caminho.

O sabor de Curitiba e até hoje, o mais gostoso do sabor da vida.

Friday, April 03, 2009

Óia... gente... mais menos barulho

Esse post vai ser dedicado as pessoas que eu tenho conhecido por Bogotá. Antes de tudo, os colombianos são muito gente boas, tem uma receptividade e hospitalidade parelha a dos brasileiros. Bom, as colombianas são, surpreendentemente, bonitas e extremamente acessíveis para se conversar, trocar idéia e, sempre aceitam convites para jantar, haha.
Hoje completo um mês em Bogotá, e meu saldo é muito positivo, sinto que o tempo aqui está muito melhor do que eu previa. Estou curtindo o fato de ser estrangeiro, conhecendo coisas, lugares, cultura, mas estou conseguindo ter uma boa vida social. Vida social agitando-se graças a algumas pessoas:

- Benjamin: Colega mexicano de trabalho, gente boa, parceiro pra uma cervejinha e bem, bem tranqüilo e fácil de conviver;

- Don Luis: Esse cara é empresário dono do restaurante “Mediterrânea dês Andrei”. Restaurante muito bom, pequeno e aconchegante. O sr. Luis é um português e o conheci por acaso no próprio restaurante dele quando fui a primeira vez. Desde então já fui lá umas 4 vezes, todas ele me presenteia ou com um whisky ou com um vinho, senta na minha mesa, bate um bom papo. Ele tem uma confraria com alguns empresários, chamado de “Clube do Bacalhau”, me convidou para participar... o encontro foi hoje no almoço, não pude ir porque estou a 100 quadras do restaurante dele nesse exato momento.

- Mao (direita): Um "adulto" amigo de um amigo, instrutor de mergulho em Bogotá. Todas as terças vou na casa dele, filo uma bóia e falamos sobre Cristo e lemos a Bíblia juntos. Tem me ajudado muito aqui;

- Jeffrey: Piazão que mora na casa do Mao, tem 18 anos, é gente boníssima, adora “Tropa de Elite” e ta a toda hora dizendo “cavaeleira Rafa?” (caveira Rafa);






- Turma da “Travessia”: É um grupo de amigos do Mao, que fazem excursões de esportes radicais. São uns 8, e o “líder” tem um programa de TV aqui em Bogotá só sobre esportes radicais, chamado “Travessia”. O resto da turma tem em torno de 28 anos, todos muito bacanas e sempre estão fazendo alguma coisa Bogotá afora.


- Digão: Meu ex-professor na UFPR, na época tinha 28 anos, era um professor substituto. Por acaso descobri que ele está morando 15 dias por mês aqui, geralmente quando podemos fazer alguma coisa, é ir num barzinho e tomar uma cerveja, jogar papo pro ar, relembrar com saudosismo da época boa da faculdade e disputar pra ver que não paga a conta.

Friday, March 27, 2009

Passe o sal...


Fim de semana passado fui conhecer a "1.a Maravilha da Colômbia", a famosa Catedral de Sal de Zipaquirá.

Zipaquirá é uma cidade a uma hora de Bogotá, tem uns 100 mil habitantes, e na placa da entrada da cidade tem algumas informações curiosas:
- Habitantes: 100.000
- Altitude: 2.700
- Temperatura (sim, temperatura): 14º Graus.

Não sei o que quer dizer exatamente essa informação, minha conclusão foi que nunca, jamais, a temperatura oscila.
Bom, a catedral de sal está dentro de uma mina de sal gigantesca, encontrada dentro das montanhas da cordilheira dos Andes. A história diz que esse sal está ali, porque ali já teve um oceano. Curioso, por pensar que estava a 2.700 m de altitude.

Bom, a caminhada é longa, cerca de uma hora, com guia (guia vem no pacote). Tudo é de sal, interessantíssimo, até rolou um "Salt Tasting" de paredes, cruz, coluna... tudo de sal!
Ai vai o vídeo de propaganda da parada, bem ruizinho o vídeo, mas quem tiver interesse...

Monday, March 23, 2009

Boa vida...

Estou tomando um vinho que comprei hj, comprei por acaso
sai na rua, despretensioso, em busca de um café
o café estava fechado, continuei meio sem rumo, sem me preocupar com qualquer atraso
isso porque hoje era feriado, algum dia de algum santo, feriado pra alguma fé
me deparei com um mercado de pulgas, no meio do bairro Usaquen
ruas antigas, feirinhas, pessoas alegres, comidas, e de repente uma chuva imensa
entrei num restaurante, mediterrânea, sem saber onde estava entrando, nem conhecer ninguém;
me deparei com um ambiente festivo, alegre, com decoração de vinhos e queijos como uma dispensa
comi, bebi assim como Salomão recomenda
quando sai, vi que a chuva não tinha me dado qualquer esperanças
sentei, despretensioso para esperar, e quando vi, o dono me deu uma encomenda
sugeriu compra um vinho, sentamos, conversando, numa daquelas conversas mansas
de amigo para amigo, fiz meu primeiro "amigo" aqui em terra estranha
e por isso celebro com esse meu vinho que veio... da Espanha

Friday, March 20, 2009

Millonários falidos


O futebol colombiano é relativamente bem conhecido pelos bons apreciadores do futebol, diria que depois da Argentina é o futebol mais recordado pelos brasileiros (da minha geração) na América do Sul, e tudo isso graças a seleção de 1994... Eu quando criaça adorava pegar a seleção da Colombia e jogar no "International Super Star Soccer" de meu SNES. Memorável seleção de:

Córdoba, Escobar, Fred Rincon, Asprilla, Valderrama, Aristizabal, Valencia e outros menos famosos.

Seleção de 94 considerada favorita a copa do mundo por ninguém menos que Pelé, seleção que goleou a Argentina em pleno Monumental de Nuñes por 5 a 0 em um jogo NÃO amistoso e essa mesma seleção que AMARELOU. Com um gol contra de Escobar, obviamente sem querer, a Colombia foi eliminada da primeira fase da copa daquele ano. O saldo foi o assassinato de Escobar pelo Cartel de Medellin logo depois como represália ao fracasso no mundial.

O futebol colombiano foi grande, mas seu sucesso muito foi influenciado pelo dinheiro do Narcotráfico, tanto é que alguns jogadores antigos, como Rene Higuita e Fred Rincon, já foram presos por estarem associados ao Narcotráfico. Na década de 80 e 90 o dinheiro das drogas era lavado no futebol, fazendo com que os times tivessem muito dinheiro. Quem não temia América de Cali, Nacional de Medellin na libertadores e quem não lembra do fenomeno Once Caldas?

Mas o mais curioso pra mim foi me deparar com um time chamado Millionarios (time esse patrocinado pela Pepsi). O Millionarios é o maior time da Colombia, o maior campeão local, revelou jogadores como El Pibe Valderrama, foi dominado pelo tráfico nos anos 80 e 90, mas hoje é o igual ao Corinthians de 2007, uma piada, de mal gosto. Só leva fumo. E muito dessa situação é ocasionado pela associação com o narctotráfico. As cores do Millonarios são o azul e branco, foi fundado em 1937 e chegou a 4 semifinais da Libertadores em 14 participações. Hoje, Millonários, o maior time da Colombia, um dos dois times de Bogota (o outro chama-se Santa Fe) é o lanterna do campeonato Colombiano, não tem estrelas, nem tem jogadores e vive sob uma crise que nem Ronaldo pra salvar.

Quem tiver interesse pode olhar Link sobre a história do time: http://es.wikipedia.org/wiki/Club_Deportivo_Los_Millonarios

Sábado tem classico, Santa Fe e Millonarios, eu vou tentar ir ver o Azul Celeste tentar se desafogar um pouco.

Vai Eric!

Miercóles, 18 de março de 2009, Eric Ronald Larsson, um sueco de 68 foi liberado pelas FARC de seu sequestro que começou em maio de 2007. A pergunta aqui é: E daí? Bom, a resposta é, Eric era o último estrangeiro em posse das FARC, a partir de 18 de março as FARC ficou com seu plantel de sequestrados 100% colombianos!!!
Falando de sequestros, todo dia no jornal "El Tiempo", o principal daqui, saí uma foto de alguma pessoa que está sequestrada, a data do sequestro e no meio da foto os dizeres "No lo olvidamos!". Triste, porém esse índice cada vez reduz mais, esse é o alento. Segue uma curiosidade jornalítica:

Muchos ya van a completar 12 años en cautiverio, como los cabos Pablo Emilio Moncayo y José Libio Martínez. Y sobre su salud se sabe que el más afectado es el coronel de la Policía Luis Mendieta, quien proximamente recibirá su ascenso a brigadier general.
Pero los uniformados no son los únicos privados de la libertad. Cifras de las organizaciones que manejan el tema dan cuenta de por lo menos 700 civiles (!!!!) que siguen en poder de grupos armados.


Bom... Nem tão bom assim, mas o sentimento de segurança em Bogotá é completamente paradoxal ao que se lê ali, vendo um pouco que, as ações de guerrilhas estão se reduzindo cada vez mais, mas eu não posso imaginar qual deveria ser o sentimento do povo há 10 anos atrás.

Depois falo de outras coisas diferentes... como Narcotráfico e futebol.

Wednesday, March 11, 2009

Bacatá


Bacatá era o antigo nome de Bogotá, significando "Plantio de Lavoura" (não é de coca). Eis a capital colombiana. Antes de chegar aqui, quando a palavra Bogotá ou Colombia era dita eu automaticamente pensava:

- Violência;
- Guerrilhas e FARC;
- Cartéis e Narcotráfico;
- Sequestros;
- Cidade suja e desorganizada;
- Quente pra dedéu;
- 3.o mundo, muito mais 3.o que o Brasil...

Cheguei em Bogotá e tive algumas supresas, vou dar um resumo de curiosidades sobre Bogotá:

- 4.a maior cidade da América Latina, com quase 8 milhões de habitantes;
- As ruas não tem nomes, sim números, tipo Camboriu;
- Altitude de 2700m, deixando a cidade fria o ano inteiro, com temperatura média anual de 14 C;
- A cidade é limpa, muito mais que São Paulo e Rio pelo menos.
- A taxa de homício aqui é de 20/100.000, para se ter uma idéia, no Rio de Janeiro é de 40/100.00, a brasileira é de 31/100.000 e a paranaense, 20/100.000 e a de Curitiba em 2009 (pasmem) está em 49/100.000!!!
- Os onibus aqui são lazarentos de ruins, mas estão revendo o sistema de transporte público e o modelo usado é de: Curitiba.
- O governo não é socialista, nem usa cores vermelhas, e Alvaro Uribe é aprovado por 90% da população, suas façanhas foram: forte política contra a violência e narcotráfico e crescimento econômico;
- 1 Real vale mais ou menos 1.000 Pesos. Os preços são equivalentes BR x COL, com exceção a gasolina que o litro custa R$ 1, taxi baratíssimo e a comida que aqui é mais barata que Brasil.
- O café bebido aqui é o pretinho, chamado de "Tinto". è meio estilo americano, batizado com água, e a marca mais famosa é o Juan Valdez, que cosntruiu uma rede de cafeterias ao estilo Starbucks.
- A gíria mais popular é: "Chevere", que significa, "Incrivel".
Sobre Bogotá é isso...

Tuesday, March 10, 2009

Intervalo de 3 anos

Em três anos:

- Voltei para Curitiba;
- Meu irmão se casou com minha vizinha e grandissíma amiga e se mudaram para os EUA;
- Voltei a trabalhar na PwC;
- Me formei e vi minha turma se formar;
- Comecei 3 vezes a faculdade de contabilidade, reprovei por faltas sempre;
- Formei o clube da feijuca, que não existe mais - saudades das feijucas todo santo sábado;
- Aprendi a fazer snowboard - aprendi naquelas;
- Fui pro Chile num mochilãzinho;
- Fui pros EUA, num mochilãozinho;
- Me tronei um Snowbrother;
- Fiz rappel e tiroleza;
- Fui pra Urubici e Ituporanga;
- Corri minha primeira corrida de 10km (e depois da primeira, outras tantas);
- Tive algumas paixõezinhas;
- Fiz muita m&#d@, capitão;
- Ensinei o Max a deitar;
- Conheci o Nordeste, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
- Conheci o ínicio da BR 101, o exato KM 0;
- Tomei os melhores vinhos da minha vida, até agora;
- Me reencontrei com Deus, Jesus Cristo e Espírito Santo, me desencontrei e me reencontrei de novo;
- Comprei uma prancha de surf;
- Conheci Cancun;
- Fui padrinho de 6 casamentos;
- Quebrei dois dedos do pé (dedinhos);
- Comprei um relógio novo, uns ternos novos, vinhos bons e ruins e panelas de barro;
- Mudei de emprego: saí da PwC e entrei na PepsiCo;
- "Quebrei" na crise por ter aplicado todo meu dinheiro na bolsa;
- Engordei 8 kilos;
- Tive acréscimo de 1 grau em minha miopia, passei a usar óculos todos os dias;
- Vivi 3 carnavais;
- Comemorei 3 aniversários (2 deles com o July);
- Mudei de casa;
- Perdi muito cabelo;
- Não votei no Lula;
- Fiz bons amigos, talvez esse seja um dos marcos principais desses meus 3 anos: bons amigos;
- Perdi contatos com outros amigos;
- Tirei boas fotos;

e recomecei esse blog.

Fui copiado!

Tem um cara aí, que em 2007 criou um blog chamado "100cedilhas".
Tá certo que o Blog dele deve ter atualizações diárias e deve ser visto por várias pessoas, diferentemente do meu. Mas de qualquer jeito, a minha reprovação está registrada aqui.

Deve ser petista.

Ressurgindo

Um dia, numas das indas e vindas de trem pela Europa a 3 anos atrás, sonhei que estava caminhando na Rua XV de Curitiba (rua das flores) e de repente, eu começava a aumentar de tamanho. Parecia que eu era o boneco Michelin, e de então a "camera" mostrava uma imagem tipo "google maps" e eu gigante ali em pé no meio do mapa, em Curitiba.

Parei de crescer e comecei a caminhar... a cada passo que dava estava em algum outro território do mapa do "war", dava um passo e estava na Europa, mais um passo no Suriname, mais um no Chile...

Bom... Na vida real, não sou um gigante, mas estou eu estou de novo dando os passos do meu "sonho".
Resolvi então desenterrar esse Blog, para registrar mais essa etapa da minha vida, sem çedilhas.

Rafa desde Bogotá, 10 de março de 2009