Monday, November 23, 2009

Aniversário!




Se fosse te perguntar,o que que a Escócia tem? e você fosse no wikipedia pesquisar, creio que essa deveria ser a resposta da enciclopédia amiga:


- william wallace

- whisky

- carneiros e ovelhas pastando em pastos verdejantes

- contraste de precipícios com o mar

- castelos

- highlanders

- ruivos banguelos e sardentos


Mas o surpreendente é sempre bem-vindo. Por isso, na minha Escócia eu encontrei quase tudo aquilo e mais:

- Bons amigos, Octavio & Fran, Helder e Ana;

- Chuva sem fim;

- Frio sem fim;

- Vento sem fim;

- Paisagens lindas;

- Um excelente fim de semana de aniversário.




Friday, November 06, 2009

Glória a Deus

Quando entrei na universidade, lembra muito bem que no segundo dia de aula, durante a apresentação de um programa de intercâmbio que a UFPR tinha com a Universidade de San Diego, eu pedi a Deus:
"Quero aprender a falar inglês antes de eu sair da Universidade".

Três anos depois estava de malas prontas para minha grande experiência de vida... Londres. Lá cheguei, sem lenço nem documento, só com o verbo "to be" e o "what´s your name?". E de lá saí entendendo escoceses e iralndeses.

No meu último dia de Londres eu pedi a Deus:

"Quero voltar para cá... em outra situação... Deus quero voltar num período entre 3 e 5 anos."

Nesse momento, ouvindo a batididinha pop de Live your Life, eu estou finalizando os últimos preparativos para minha volta ao velho mundo. Amanhã embarco em mais uma aventura, Frankfurt, e pronta para passar uma semana de descanso turístico e consumista em Londres... Quase 4 anos se passarão, e se Deus quiser, estarei voltando, não mais pedalando um rickshaw, agora tirando fotos com eles.

Esse post é só para lembrar a mim e a quem quiser ler esse texto quão grande e maravilhoso é Deus. Mas um adjetivo talvez mais ainda tocante no nosso dia a dia... Deus é atencioso, e Ele é um cara que gosta de agrado e de agradar!

Meu agrado a ti Deus é te dar todos os louvores pelo cuidado que o Senhor tem feito na minha vida. E obrigado pelo seu cuidado e seus presentes!

Vou arrumar a mala... Frankfurt, frio, Alemanha... Europa! Mais um sonho da listinha...

Tuesday, November 03, 2009

Oportunidades perdidas e a BO-LA

Que jargão mais xoxo! “O mundo é uma bola”... Ou então: “O mundo dá voltas”...
Mas os clássicos não são clássicos por acaso, e provérbios não são mentiras, mas sim metáforas que entoam um ritmo divertido e irônico as casualidades da vida.
Se o mundo é mesmo uma bola estou no lugar certo.

Bola, palavra estranha, o pronunciado na linguagem canarinho é quase que ridículo, principalmente se articulada bem a boca e a língua: BO-LA. Não é? Poderia abrir uma janela do meu texto e falar das palavras toscas do nosso vocabulário falado articuladamente, mas não irei. Vou falar de uma só, a BOLA.

Possivelmente ela foi meu primeiro presente, ou então, meu primeiro grande divertido presente. Meu primeiro presente deve ter sido uma caixa de LEGO. Acho que nunca consegui completar a construção sugerida na caixa, ou porque comia as peças, ou porque dava pro cachorro comer... Acho que meus irmãos comiam peças também, vou um dia perguntar. Lembro que existiam as mais variadas caixas tema do LEGO: Navio pirata, nave espacial, casa de campo, etc. Mas nunca vi aquela com o tema “campo de futebol”, “Maracanã”... Imagina se tivesse! Ainda bem que não tinha, porque se tivesse eu ia passar o dia inteiro montando, desmontando e tremontando. Como não tinha, meu interesse pelo brinquedo de construção e criatividade logo se ia, e então eu ia para o meu Maracanã. Geralmente era o quintal da casa, que tinha uma mangueira (arvore de mangas) gigante bem no meio, melhor zagueiro que aquela árvore era somente meu truculento irmão mais velho, truculento não é pejorativo aqui. Lá, no grande estádio, com o grande zagueiro, me divertia com a BO-LA. Não importava se era de plástico ou capotão, o importante era que eu podia chutá-la.

Os tempos passaram, logo comecei a me interessar por outros esportes: tênis, sinuca, vôlei, squash e por último e mais recente, golfe. Coincidência ou não, todos jogados e praticados com uma bola.

Jogando a bola, ela se movimenta e ela se movimentando, dá voltas. Outro detalhe, todos esses esportes tem um ponto de partida que se repete, ou seja, a bola volta ao mesmo lugar.

Assim sendo, se o mundo é redondo, os sábios proverbiais dizem que ele é uma bola; e se ele é uma bola, consequentemente dá voltas. E se você está no mundo, a volta pode te trazer a um lugar inicial, a um repetido ponto de partida. E, nesse caso, é que os dois ditados se encontram, tornam-se verdade e você percebe que está no Maracanã da vida, pois de espectador ou jogador, a vida pode trazer um recomeço.
Agora, antes que acabemos com um final feliz e uma conclusão que não traz nada de novo para a vida de ninguém (não esperem ter isso no fim do texto também), somente um bláblá sobre jargões do dia a dia, antes que tudo isso ocorra temos um outro jargão: “Existem 3 coisas que não voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida”.

Poutz, complicado, não? Na guerra dos provérbios, quem ganha, a facção da bola ou da perdição? Eis que a vida traz espaço para brincadeiras, e nessa em específico diria que os dois estão certos. A palavra dita é fato, foi-se. A flecha? Não sei, nunca atirei de arco e flecha, mas vendo os filmes do Robin Wood, acho que dificilmente alguém reciclaria uma flecha. E a oportunidade perdida? Essa também é única e não volta. Mas a dinâmica da vida que está no mundo que é uma bola, dá voltas. Que bom então, pois acho que estou no lugar certo.

Mas, se na volta você estava ausente, não atento, não posicionado para ver a bola voltando? Se a volta te pegou desprevenido e despreparado? E se você simplesmente decidiu não jogar agora e voltar as construções de seu Lego? Então, você pode ter vivido ou visto a oportunidade perdida.

Mas não se preocupe, uma hora ou outra, o mundo dá voltas.

Mexico, sem inspiração

México... Não sei de onde vem esse nome, ou qual o significado. Na verdade, nem o wikipedia sabe. Começamos bem!

Minha estada nesse páis, que possue a 11.a maior população do mundo, com quase 115 milhões de habitantes, e cuja língua falada é o espanhol, e os políticos são comprados por pesos, assim como os tacos nas esquinas.
Tacos nas esquinas, são tão comuns quanto políticos corruptos. Se um dia você pensou que Curitiba tinha muito carrinho de "hot dog" nas ruas, você se impressionará com o volume de barraquinhas de tacos nas ruas da Cidade do México, ou DF. DF é a segunda maior cidade do mundo, o curioso é que e uma cidade muito baixa, quase sem nenhum prédio, isso porque é uma região de muitos terremotos. O maior deles ocorreu em 1985, onde mais de 35 mil pessoas morreram, outras 30 mil feridas e mais de 100 mil desalojadas. Os jovens que sobreviveram a tragédia, e nasceram logo depois até início de 1986 são chamadas de "Geração do Terremoto", pois muitas delas perderam pais e foram criadas orfãs.

O povo não é dos mais belos. Nada de mistura racial como ocorre no sul do Brasil, ou até mesmo na Colombia. O aspecto lembra muito os Aztecas, nunca conheci um Azteca ao vivo, mas pelas descrições que leio e vejo, é fácil fácil matar a charada.

Confesso que tinha uma expectativa muito alta pela comida. Confesso também que nas 5 primeiras semanas me decepcionei. Basicamente por não diferenciarem muito a culinaria, sempre usando porco, feijão refrito, guacamole e as tortilas de milho. Os temperos não são atendidos, deixando a pitada de sabor somente para o molho de pimenta torrante e lacrimejante. Na minha última semana salvaram a pátria. Benjamin, meu colega de trabalho, convidou para um almoço em sua casa. Sua esposa, uma cozinheira para ser citada em livros e blogs fez o que eu chamaria de "Banquete de Toluca". Toluca é a cidade metropolitana onde eles moram. Não posso descrever o que foi, pois teria que citar mais de 10 pratos servidos, um refinando e abençoado exagero!

O povo mexicano, apesar de ser feio, é muito agradável. Simpáticos e receptivos, são fãs dos brasileiros que por ali passaram, principalmente um grupo que passou por lá em 1970, comandados por um tal de Pelé.

Diria que é um povo que quer reforçar suas origens, Aztecas, mas que adotou a cultura de um povo que na história só criticam, os espanhóis, mas que perseguem um modo de vida impróprio, o estilo de vida do Tio Sam. Assim sendo, creio que vi um povo sem uma personalidade... Não vi cariocas, bahianos ou gaúchos mexicanos.

Dentro das 6 semanas, o tempo com meu grande amigo Daniel Ferre e com Rossana Zamudio foram o tempero das minhas tortilas. Creio que os melhores dias, os mais divertidos e o que mais me relembravam o sentido da palavra "família".

Findada as 6 semanas, voltei para o Brasil, para passar um bom tempo com minha família!

Saludos